Centrais Geradoras Hidrelétricas são pequenas usinas que utilizam a força e pressão da água para gerar energia elétrica. São hidrelétricas de pequeno porte, como as PCHs, porém com capacidade e tamanho ainda mais reduzidos.

Enquanto as PCHs podem ter potências entre 5 e 30MW, as CGHs podem ter potências entre 0 e 5MW.

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Agora que você já sabe o que é uma CGH, conheça a sua estrutura

A estrutura das CGHs é semelhante à das PCHs, com a diferença de que, por terem estruturas e potências menores, a barragem – quando existe – geralmente não tem o objetivo de armazenamento de água, mas apenas garantir a operação da tomada d’agua.

Então, a estrutura da CGH pode ter uma barragem ou não, tem-se os condutos forçados e os reguladores de entrada de água como válvulas e comportas (os hidromecânicos), a casa de máquinas onde se localizam os equipamentos como turbinas, geradores e painéis de regulação e controle da usina e também uma estrutura para devolver a água para o rio.

A agua é captada do rio através da tomada d’agua e levada por tubulações – condutos forçados – para as turbinas. A pressão exercida pela água no rotor da turbina – parte interna da turbina – faz com que ele gire, causando o movimento de um eixo. Esse movimento de eixo gira o rotor do gerador – parte interna do gerador – que transforma a energia mecânica do movimento em energia elétrica. Após passar por dentro da turbina, a água é devolvida para o rio.

Qual a vantagem de investir em usinas menores como as CGHs?

O art. 8º da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995 diz que

“O aproveitamento de potenciais hidráulicos e a implantação de usinas termoelétricas de potência igual ou inferior a 5.000 kW (cinco mil quilowatts) estão dispensados de concessão, permissão ou autorização, devendo apenas ser comunicados ao poder concedente”.

Sendo assim, para a construção das CGHs há uma dispensa de concessão, permissão ou autorização, incluindo os trâmites da ANEEL. Portanto a burocracia para construção de uma hidrelétrica com capacidade inferior a 5MW é muitíssimo menor do que as com maior capacidade.

Nesse caso, os procedimentos para construção de uma CGH estão mais relacionados as Licenças Ambientais, porém, como o tamanho e a capacidade da usina são reduzidos, os impactos ambientais também são. Por isso, há uma facilidade em conseguir a documentação junto aos órgãos ambientais competentes – em comparação com as usinas maiores.

Outro benefício de investir em uma CGH é o custo muito mais baixo, devido a sua estrutura reduzida. O efeito disso é a descentralização da produção de energia, tornando possível que investidores privados também participem do setor.

Algumas informações sobre as CGHs no Brasil:

Segundo a Associação Brasileira de PCHs – ABRAPCH:

“O Brasil conta com 554 unidades de CGHs em operação instaladas em todo seu território, que representam 425.428 quilowatts (kW) de potência instalada. Com essa abrangência, essas centrais geram aproximadamente 0,2% do total da matriz energética do país. ”