O setor energético brasileiro enfrenta grandes desafios. O aumento do consumo, somado a escassez de chuvas nas regiões que concentram as grandes hidrelétricas, que resultam no esvaziamento dos reservatórios, tem provocado uma crise no fornecimento e distribuição de energia elétrica a nível nacional, acentuada em 2021, o que é muito preocupante para o país.   

Para debater o tema “Energia no Brasil: desafios e perspectivas” a Hidroenergia esteve representada no Rizoma Temático da Unijuí FM, realizado na manhã desta quinta-feira (15/07) ao vivo. Rafael Kieling, diretor de operações da empresa, debateu a temática com o diretor-presidente do Demei, Marco Aurélio Sikas, o doutor em Engenharia Elétrica, professor na Unijuí, Maurício de Campos e a mestra em Engenharia, professora na Unijuí e coordenadora do projeto de extensão Energia Amiga, Caroline Radüns. 

“Quando se fala em racionamento, ou apagão, é preciso analisar os fatores planejamento, política e economia. Estima-se que é a maior crise hídrica em décadas, e ela vem se desenhando a pelo menos 10 anos, por isso a importância de se colocar em prática um planejamento a longo prazo, para que não tenhamos novos problemas logo ali na frente. Precisa-se de realizar um planejamento político e econômico sérios, além de investimento forte em energias renováveis”, salientou Rafael Kieling.  

Confira o debate na íntegra a seguir

Energia renovável está em ascensão no Brasil 

Um dos aspectos que foram evidenciados pela Hidroenergia neste debate é a crescente demanda por energia renovável, decorrentes da pressão pela redução de custos e por uma postura de mais responsabilidade ambiental das empresas. Uma das formas de medir esse crescimento é por meio das transações de certificados de energia renovável (RECs), emitidos por cerca de 200 usinas hidrelétricas e de outras fontes renováveis (Biomassa, solar, eólica) do Brasil.  

Atualmente, de acordo com a Associação Brasileira de PCHs e GCHs (ABRAPCH), existem cerca de 1.130 usinas em operação no país, sendo Santa Catarina o estado com maior número de usinas em operação (241), seguido de Minas Gerais (235) e Mato Grosso (129). O Rio Grande do Sul ocupa a 4ª posição no número de PCHs e GCHs, com 106 usinas.  

Sentindo este crescimento, a Hidroenergia, tem investido seus esforços no desenvolvimento de tecnologias e na ampliação da sua capacidade produtiva. A empresa trabalha atualmente no desenvolvimento de diversos projetos de novas usinas em diversos estados brasileiros.